QUERERES (LÚTOMIS SEVROS)

Não sei por que ainda quero tocar teu rosto,

Insisto em querer provar teu beijo,

Sentir o calor de tua pele ao tocá-la,

Confortar-te em um abraço terno,

Olhar seus Olhos e sentir você,

Sinceramente não entendo porquê,

Quero e desejo estar tão perto que não possa distanciar nossos pensamentos, mesmo que os corpos estejam distantes,

Quero que no infinito do encontro direto de nossos olhares não nos importemos com nada mais que tal instante,

Não pensemos no ontem, e nem no amanhã, só no hoje e no agora,

Quero você que não quer meu querer,

Quero não querer,

Minto, quero querendo,

Não sei e não entendo,

Quando não queria eu pouco sabia,

Agora sei menos ainda de qualquer coisa,

Diz não ao querer,

Como e quando eu quisesse ouvir um talvez,

Posso querer,

Quero poder estar,

Mas como dizem: querer não é poder,

Quereres sem razão,

Tem toda a razão, ou ao menos destroem,

Razão sem razão,

Querer sem poder,

Quero teu beijo,

Quero teu abraço,

Tua pele,

Teu sorriso,

Tua voz,

Quero senti-la repousar em meus braços,

Quero dizer coisas que te façam ser e sentir,

Mas de todos esses quereres,

O único que me permite querer,

É o triste querer te esquecer,

Esquecer o que sinto e o que penso,

Querendo você.

... o que quis, o que quero e o que ainda posso querer não sei,

Não quero o completo fim,

Quero o início sempre e você lá

Seja você quem for,

Talvez não seja, infelizmente, a dona daquele olhar,

Como queria que fosse,

Quereres sem fim.