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AS RUAS VÃO-SE EMBORA

Evito o caos
com o caos à minha frente.

Caótico.

Caído.

Estendido em código despromovido.

Umbigo florescente.

Palavra que pisca.

Fogo que sente,
que queima e mente, (e nos petisca).

Neto de alguém, o verbo parte.

O ninguém da arte chora,
demora gritar.

As ruas vão-se embora,
as sombras ficam nas horas curtas.

O chão bate-me na cabeça.

O silêncio pendura-me como besta
de pernas pró ar.

O pensamento rouba-me para fora de mim.

Para o inferno de onde me vejo melhor.

Desistir de tudo por alguns dias.

Ser tudo um dia.

Vinte e quatro horas alucinadas.

Magias sedentas de magicar.

Despedir-me voltar.

Pedir boleia.
.
.
.
.
.

Submited by

sábado, abril 14, 2012 - 22:12

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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luta interior

Tantas vezes lutamos
contra o fantasma do desconforto
que vezes demais insiste em confortar-nos.

1 abraç0o!

Abilio

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