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SANDÁLIAS URBANAS
Pernóstico.
Insalubre,
intoxicados mais,
recta anestesia fúnebre,
pensamento tabuado em mentes ais.
Iniquidade.
Decrescente,
contagem sem gravata,
cartazes vocalistas de gente,
sumos de limão com acidez intacta.
Marsúpio.
Tristeza,
ir ao céu e voltar
com pedras de gelo de certeza,
estados d´alma esgotados ao mar.
Adágios.
Girassol,
costas voltadas
a sentimentos em voga de sol,
culto de estrelas ao pescoço penduradas.
Inquerideira.
Latitudes
de chocolate plástico,
estátua engalfinhada às atitudes,
olhares titânicos em corpos estáticos.
Ufanismo.
Ziguezague,
luares sem válvula,
vidas de Crash! Bum! bag!
Geração relógio em réplica de fábula.
Cosmopolitas.
Maneável,
sandálias urbanas,
dinheiro de voz afável,
mentecaptas na orelha das semanas.
Monofobia.
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Poesia :
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Comentários
Re: SANDÁLIAS URBANAS
Tristeza,
ir ao céu e voltar
com pedras de gelo de certeza,
estados d´alma esgotados ao mar.
e lindo é pouco para dizer!
adorei!
beijos :-)
Re: SANDÁLIAS URBANAS
Gostei especialmente das "Latitudes de chocolate de plástico". Neo-palavrado, um semear de significado bem aplicado. Tens expressões que espantam. Que fascinio é ler-te.
Re: SANDÁLIAS URBANAS
As sandálias ou calçado urbano em geral é assim, mas não chega aos calcanhares deste poema.
beijo
Re: SANDÁLIAS URBANAS
Apenas me ocorre uma palavra, Magnificente!!! Abraços