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Sem título(118)
Depois das sementeiras
Após deterem o fruto em regaço próprio
Depois do sorriso a esquecer prantos inomináveis
Gritam cobardias na felicidade alcançada
O homem chora o sangue por todos os poros
Fenecem-lhe as rosas nas mãos ávidas de amor
O homem morre às mãos de um quadro de naturezas ímpias
Depois do amor e depois da ignorância do devir em claridade
As farpas cravadas no rosto do homem são como chuva em terra estéril
O jardim do homem amante há-de ser maior que o mundo de terras e mares
O impropério e a distância do sol não calarão a voz do homem dado aos
Mundos do amor universal
Antes da tempestade
Na ausência de credível esperança
Em desespero e morte integral
O homem morre às cálidas mãos da sua alma
Um dia será esquecido eternamente
Dionísio Dinis
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Poesia :
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