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Sem título(45)

Olha o sol Lurdes

Olha o sol que o sol é razão de ti

O sol com filhos do amor de mãe

O sol com escuro do amor do amante desnecessário

Tu e a lua Lurdes, um uníssono de mistérios,

A força indómita de crer na manhã da rosa


Antes Lurdes, falámos do que já não queres

Das imagens oxidadas dos amores passados

De estorvos e desencantos pardacentos

De tudo ou quase tudo que não brilha como tu

Do mundo que te estranha por seres maior

Das gentes que não sabem bem querer-te

Depois Lurdes, logo depois a violência das matemáticas equações

O desprezível de ser zero ante o infinito das mortais vidas triviais

Ou a vontade maior de ser maior na intransigência do amor

Quero-te Lurdes para além dos comuns desamores

Não temamos nenhum obstáculo

Porque se demos sentidas mãos

Se unimos a lágrima de comuns entendimentos

Teremos infinitos multiplicáveis

Seremos a coragem da terra ardente em fruto urgente

E respiramos já na purificação de todas as atmosferas

Somos na praia o fogo do ocaso do dia

Voamos no concreto dos nossos versos

Somos húmus na terra ávida de germinar

Em sete mares não cabe a maré do nosso amor

Tornamos o excesso a coisa trivial

Clareamos o mundo em luz crescente

Vejo a vida como árvore no tempo da poda

Sei Lurdes, que saberás escolher o mais viçoso ramo

Podarás no sentido do amor, farás o ramo em tríade de belo.

Dos troços cortados guardarás a sapiência de teres podado em perfeição

Saberás gerar a nova árvore como teu merecido éden

À tua imagem e semelhança, o amor nasce da tua escolha

O amor que tem nascente em ti, a árvore que renasce no teu poema

Sinto Lurdes, os quatro elementos unidos no teu verso

Por dentro de mim, corres como um sagrado rio

És fogo no meu fogo eterno

Respiro no teu ar, respiro do teu ar

Sinto-te magna terra fértil de flores intensa


Amemo-nos na vida da árvore sempre bela

Amemo-nos na sombra perfumada da cerejeira

Deixa que deponha em teu colo as rosas amarelas

Depois em leito com lençóis de pétalas

Daremos o beijo com o fruto nos lábios

Rubros os corpos como o fruto eleito

Alvas as almas como a alva flor da cerejeira

Fazes-me puro na tua imaculada pureza

Fazes-me intenso no teu imenso amor

Quero-te fazer o meu interminável poema de amor

Quero-te simplesmente com todo o meu querer.


Dionísio Dinis

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quarta-feira, março 2, 2011 - 06:12

Poesia :

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Dionísio Dinis

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