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Sem terra

Nestes dias sombrios,
O açoite dos ventos
traz na noite frio cortante,
o inverno chega lentamente.

Os olhares cansados
o ar abafado,
não se ouve um fado,
nem a paz do arado

Homens sem paz
campo em guerra,
(des) governo diz que faz
reforma da terra.

Mas, proliferam grileiros
com seus pistoleiros
de aluguel, pagos regiamente,
prontos a executar sumariamente.

Tempos idos,
latifúndios mil
proliferam no Brasil anil,
cartas rogatórias, lenta (in)justiça, mandados

E os utópicos sonhos
De plantar e trazer da terra, trigo e pão
Transformam em pesadelos (lembrem Eldorado de Carajás),
A vida de milhares de excluídos no campo...


AjAraújo, o poeta humanista, poema escrito sobre o Movimento dos Sem-Terra e sobre os massacres no campo.

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segunda-feira, junho 20, 2011 - 23:35

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AjAraujo

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