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SOLILÓQUIO
Solilóquio.
Cadáver lua,
nua sepultura me engole,
outorgo a saliva ao túmulo da voz.
Inconfessado.
Alma
de queixo caído,
turvos estreitos até ao grito.
Libidinoso.
Malmequer,
cruzes maquilham
o credo da besta inquieta.
Lucubrado.
Bem-me-quer,
soalhos de sangue,
caras condenadas à morte.
Inexprimível.
Lápide
sem analogia,
moinhos de vento arqui-rival.
Desmembrado.
Olhos
de mar bravio,
bocas sem bóia salvam a palavra.
Devassidão.
Serpentes
mascaradas de crianças,
mãos raposa de sete manhas.
Despeito.
Saias
de janela aberta,
epicentros de paciência infecunda.
Sicranos.
Premonição,
choros em coros
de sombras nas trincheiras do corpo.
Absentismo.
Tardio,
movimentos lentos,
momentos presos à necrópole.
Hiperónimo.
Dilecção,
excrementos de beijo,
paixões em cinzas vomitadas.
Eutanásia.
Escrúpulo
de querer a forca
com gana de guilhotina ao pescoço.
Edícula.
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Comentários
Re: SOLILÓQUIO
Gostei do poema.
Escrúpulo
de querer a forca
com gana de guilhotina ao pescoço.