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SOU SEDE NO CÁLICE DO TEU ROSTO

Morri,
mas enquanto respirar
vou andando por aqui sopro.

Estarei nas cavernas do vento.

Morto,
vivo fantasma no nevoeiro
onde o amor faz ninho de espinhos.

O teu colo
tornou-se num berço de pântanos.

Mendigo,
maldigo o amargo pão
que me sustenta a saudade.

A vaidade arde numa fogueira de gelo.

Louco,
deambulo por ali pelo vazio,
ressuscitando em nenhures aqui em mim.

Onde algures
me enterraste que não me encontro?

Algures está o meu túmulo
mas eu estou por toda a parte.

Amar-te,
tomou formas de tábua de um caixão
de lágrimas no cemitério dos meus olhos.

Jaz o meu poema
no adeus onde te sepultas pó.

E a distância,
essa sumiu-se ao fundo do teu ser de pedra.

Eu,
ainda aqui estou beijado
por abutres no deserto da tua alma.

A minha alma?

Fala-me da minha alma
sucumbida no teu silêncio.

O meu silêncio
pinta os teus lábios de mágoa.

O meu grito já não ouço.

Sou sede no cálice do teu rosto.

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quinta-feira, junho 3, 2010 - 00:18

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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Re: SOU SEDE NO CÁLICE DO TEU ROSTO

"Morto,
vivo fantasma no nevoeiro
onde o amor faz ninho de espinhos"

- Essa é a outra face do amor. Com certeza a tristeza inspira tão bem quanto a alegria.
Lindo poema.
Um abraço energizado com muito amor

imagem de Kyra

Re: SOU SEDE NO CÁLICE DO TEU ROSTO

Bela construção!!!
Sucesso!!!
Abraços Kyra

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