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Strange III - O anjo sonâmbulo
O anjo sonâmbulo voava sobre as copas das árvores.
Era um anjo cheio de luz muito clara e húmida
que enchia as ruas mais sombrias
escondidas na cidade de betão até ao céu.
Deixava o seu rasto em todas as esquinas,
as mesmas em que paraste muitos anos da tua vida
a ler notícias de um jornal reciclado
de folhas frágeis imprimidas à seculos atrás.
O anjo sonâmbulo abri as folhas rasgadas e colava-se a ti.
Muitas vezes chocava contra as portas fechadas das casas,
mantendo o equilíbrio com a força das asas.
Olháva-lo e perseguia-lo para onde quer que fosse,
fechando as mãos de encontro ao peito as memórias,
as vozes, os risos e os sonhos
de noites frias passadas ao relento.
Tornava-se mais puro com a aurora
a embater-lhe no rosto e nos braços estendidos.
Nunca soubeste se ele sentia a sua presença
mas sempre que acordavas com os primeiros raios de sol
tinhas sempre ao fundo da cama uma pétala branca.
.
.
O anjo sonâmbulo vagueava pelo teu jardim, de pés descalços,
enterrados na terra molhada pelo orvalho da noite,
e as rosas brancas nunca reclamavam uma pétala a menos.
Antes parecia, que todas elas, com magia até à raíz,
ansiavam por mais uma noite de luar luminoso
e uma mão de seda pousando suavemente.
Nessa altura o vento uivava com força,
o jardim dançava por certo em sua honra,
e a tua casa estremecia arrepiada pelo fascínio.
Todos os prédios em volta tinham aves nos telhados,
todas as aves levantavam voo para as copas das arvores
e era desse paraíso natural e oxigenado
que se maravilhavam abraçadas a ti...
Com a luz cada vez mais intensa do anjo
a fazer lembrar que nas ondas do mar distante:
cresciam rosas brancas na areia
e choviam pétalas, dando asas às crianças
que quisessem sonhar com ele.
rainbowsky
2002
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Poesia :
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