CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
TIQUETAQUEAR …
O tempo, é o chão que tenho pisado a voar,
é uma canção que tenho cantado calado.
São do tempo as tintas com as quais pinto esta sede
de repintar as andanças dos meus pés.
Tintas de frescos tons de amor,
pigmentações de quentes paixões cuja cor
se dissolve em acordados sonhos e insanas fés.
É o tempo o crivo
que me criva e crava o continuar às rectas
do caminho que o meu quociente emocional arquiteta.
É o tempo a cola que me cola os cacos do olhar.
Cacos tantos, como poeiras
que o vento do meu pensar desperta
sobre intrínsecas sombras nas minhas mãos.
Mãos cujas sinas são cactos neste deserto de solidão
onde os estrondos do meu grito escurecem a noite,
onde as palavras crepitam no silêncio.
Estas mãos outrora relógios
a tiquetaquear a hora suada de outras mãos.
Estas mãos de agarres e tactos
que um dia foram correntes de um rio
a desaguar nas marés de outros corpos.
Estas mãos de sol e lua que já foram marinheiros
ao leme desta alma que a este meu frágil
e mortal corpo se empresta.
Este corpo que o tempo petisca
e o destino arrisca sepultar.
Este corpo cujas pernas se musculam
de fogueiras e poesia.
É o tempo o caderno que tenho em branco escrito,
é o Inverno do qual me agasalho e aqueço,
é o Outono que me recicla.
É o tempo a Primavera que me faz florir as asas.
.
.
.
.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2453 leituras
other contents of Henrique
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pensamentos | DA POESIA | 1 | 9.472 | 05/26/2020 - 22:50 | Português | |
![]() |
Videos/Outros | Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. | 1 | 51.527 | 06/11/2019 - 08:39 | Português |
Poesia/Tristeza | TEUS OLHOS SÃO NADA | 1 | 8.750 | 03/06/2018 - 20:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO | 4 | 10.050 | 02/28/2018 - 16:42 | Português | |
Poesia/Pensamentos | APALPOS INTERMITENTES | 0 | 8.763 | 02/10/2015 - 21:50 | Português | |
Poesia/Aforismo | AQUILO QUE O JUÍZO É | 0 | 8.659 | 02/03/2015 - 19:08 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ISENTO DE AMAR | 0 | 8.535 | 02/02/2015 - 20:08 | Português | |
Poesia/Amor | LUME MAIS DO QUE ACESO | 0 | 9.302 | 02/01/2015 - 21:51 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PELO TEMPO | 0 | 7.323 | 01/31/2015 - 20:34 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO AMOR | 0 | 7.363 | 01/30/2015 - 20:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SENTIMENTO | 0 | 6.999 | 01/29/2015 - 21:55 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO PENSAMENTO | 0 | 8.538 | 01/29/2015 - 18:53 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SONHO | 0 | 6.459 | 01/29/2015 - 00:04 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DO SILÊNCIO | 0 | 7.414 | 01/28/2015 - 23:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | DA CALMA | 0 | 6.417 | 01/28/2015 - 20:27 | Português | |
Poesia/Pensamentos | REPASTO DE ESQUECIMENTO | 0 | 5.931 | 01/27/2015 - 21:48 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE | 0 | 8.256 | 01/27/2015 - 15:59 | Português | |
Poesia/Aforismo | NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ | 0 | 7.432 | 01/26/2015 - 19:44 | Português | |
Poesia/Pensamentos | SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO | 0 | 7.798 | 01/25/2015 - 21:36 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MIGALHAS DE SAUDADE | 0 | 7.273 | 01/22/2015 - 21:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO | 0 | 6.750 | 01/21/2015 - 17:00 | Português | |
Poesia/Pensamentos | PALAVRAS À LUPA | 0 | 6.698 | 01/20/2015 - 18:38 | Português | |
Poesia/Pensamentos | MADRESSILVA | 0 | 5.670 | 01/19/2015 - 20:07 | Português | |
Poesia/Pensamentos | NA SOLIDÃO | 0 | 8.933 | 01/17/2015 - 22:32 | Português | |
Poesia/Pensamentos | LÁPIS DE SER | 0 | 8.474 | 01/16/2015 - 19:47 | Português |
Add comment