CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Transição
É tão fria a cova e tão escuro o horto
onde depositam meu corpo doente!
_ Como a cova é fria se o corpo é morto?
A partir de agora só a alma sente...
Ah! Esta cama rude onde estou deitado
e este quarto escuro e tão bem fechado!
Tento levantar, mas estou tão cansado...
Que rumor é esse ali no quarto ao lado?
Há um jardim bem perto: sinto o odor das flores.
Quero levantar, mas estou tão cansado...
Estou tão cansado mas não sinto dores.
E o rumor aumenta ali no quarto ao lado.
_ Desçam o caixão! _ diz alguém lá fora.
Quem morreu enquanto estive dormindo?
Bem perto da porta ouço alguém que chora,
lamentando a sorte de quem vai partindo.
Quero levantar, faço força tamanha
mas tenho as mãos inertes e o corpo duro.
Agora o padre reza numa língua estranha,
enquanto fico preso neste quarto escuro.
Está caindo terra sobre o telhado.
Parece que o mundo está desabando...
Falta-me o ar neste quarto fechado
e lá fora há uma multidão chorando.
Sinto um tremor leve, um breve arrepio...
Já quase nada mais estou sentindo.
Por que não me tiram deste quarto frio?
Alguém morreu enquanto estive dormindo.
É tão fria a cova e tão escuro o horto
onde depositam meu corpo doente!
_ Como a cova é fria se o corpo é morto?
A partir de agora só a alma sente...
Poesia classificada em 2º lugar no Prêmio Cataratas 2006, da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, e menção honrosa no Prêmio Cidadão de Poesia, de Limeira - SP
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 602 leituras
Add comment
other contents of Remisson
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | O mais é resto... | 0 | 1.209 | 05/30/2011 - 14:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Tristeza | Entrega | 0 | 1.506 | 05/30/2011 - 14:24 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | O mendigo | 0 | 1.510 | 05/30/2011 - 14:22 | Português | |
Ministério da Poesia/Tristeza | Partida | 0 | 1.081 | 05/30/2011 - 14:20 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Convite | 0 | 1.336 | 05/30/2011 - 14:19 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Reles | 0 | 1.490 | 05/30/2011 - 14:17 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Graças | 0 | 1.501 | 05/30/2011 - 14:16 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Inapto | 0 | 1.279 | 05/30/2011 - 14:14 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Cherry | 0 | 1.332 | 05/30/2011 - 14:07 | Português | |
Ministério da Poesia/Dedicado | Nova Era | 0 | 1.292 | 05/30/2011 - 14:04 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Mente insana | 0 | 1.450 | 05/30/2011 - 14:01 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Cara-de-pau | 0 | 1.543 | 05/30/2011 - 14:00 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Aborto | 0 | 1.519 | 05/30/2011 - 13:58 | Português | |
Ministério da Poesia/Desilusão | Transe | 0 | 1.673 | 05/30/2011 - 13:55 | Português | |
Ministério da Poesia/Desilusão | Inexistência | 0 | 1.456 | 05/30/2011 - 13:52 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | O amante | 0 | 1.475 | 05/25/2011 - 16:49 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Canção final | 0 | 1.338 | 05/25/2011 - 16:46 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | O teatro | 0 | 1.691 | 05/25/2011 - 16:41 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Desvario | 0 | 1.508 | 05/25/2011 - 16:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os dançarinos | 0 | 1.456 | 05/25/2011 - 16:36 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Terapia do riso absurdo | 0 | 1.759 | 05/25/2011 - 16:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | A Rosa dos Anjos | 0 | 1.567 | 05/25/2011 - 16:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Fantasia | 0 | 1.628 | 05/25/2011 - 16:31 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Poeminha prático | 0 | 1.208 | 05/25/2011 - 16:29 | Português | |
Ministério da Poesia/Soneto | Realeza | 0 | 1.605 | 05/25/2011 - 16:28 | Português |
Comentários
Re: Transição
Um poema com arte, razão e sentimento!!!
:-)
Re: Transição
Muito interessante!
Então não é que essa passagem da vida para a morte deu um poema sublime e engraçado.
Está um show!:-)
Cumprimentos