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Tributo a Augusto dos Anjos VI ─ Justiça

Viva enquanto não estiver a te roer
Os olhos a insaciável cria da morte.
Viva enquanto perdurar a tua sorte
Quando será a tua medula a verter

Entre as presas de quem de todo porte
As criaturas está a esperar morrer
─ E trata de nunca tentar correr
Quando para onde não há: É a lei do mais forte

Que injustos dos fracos não discrimina,
Que por toda a criação se dissemina
Feito peste sem poupar a ninguém.

O que devia ser dádiva divina
Resume a existência a uma cruel sina:
Condena, a vida, sem olhar a quem.
12 de julho de 2011 – 23h 45min
 

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sábado, julho 23, 2011 - 01:05

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Adolfo

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