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Uma mão cheia de nada
A esperança esvai-se em cada respiração
A necessidade transcende o real
A vontade não transparece Mas existe...
Escondida em reconduzidos recantos
Pequenos deleites
Delitos menores, efémeros...
Constantes e incongruentes como a situação presente
A latência das necessidades adiadas
Etéreas, e nem começadas...
Tic tac diz o relógio....
Mas o sorriso abre-se a cada passada
O tempo esvai-se
E o nada continua a acontecer...
A perder-se entre o que se quer encontrar e o ser,
Entre efemeridades e ternuras...
Entre morais e lamurias...
Comensais e desventuras,
Imberbes e obtusidades obscuras...
Temperança.
O continuar do acreditar,
Do sonho,
Do pensar sem de-sonho,
Do acordar desditonho
Do tudo, do nada...
Da vida vidrada e do restolho.
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