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Uma paixão violenta!
Seus olhos sempre a procurava
E queria ver a sua beleza.
Seu coração a desejava
Mais que qualquer outra coisa nesta vida.
Seu desejo aumentava cada dia
E a paixão cegava-lhe os olhos.
Tinha que arrumar uma forma de ficar com ela
Pensava em seu coração.
E adoeceu de paixão...
Não sabia o que fazer para tê-la em seus braços
E emagrecia cada dia
Só pensava naquela que era a fonte do seu desejo.
Um conselho sagaz de um amigo
Acendeu uma luz de esperança
De a possuir para si.
Fingiu-se doente
Foi por ela atendido.
Não deu voz a razão
E deixou que sua emoção o dominasse.
E a violentou!
Como um dos loucos, assim ele procedeu
Dois pecados cometeu na sua insanidade:
Estupro e incesto!
E então percebeu
Que seu amor transformou-se em ódio por ela
Seu coração não mais a desejava
E cometeu um crime maior ainda:
A abandonou a sua própria sorte
E a pôs para fora
E a humilhou...
E ela esteve solitária na casa de seu irmão
Chorando a sua dor!
Dois anos se passaram.
E estando ele alegre da bebida
Foi assassinado pelo irmão da moça.
O triste fim de
Uma paixão violenta!
O amor é paciente;
A paixão é agitada, inquieta.
O amor é divino;
A paixão é terrena, é mundana.
O amor outorga a vida;
A paixão mata.
O amor cresce ao ser desfrutado;
A paixão se desgasta.
O amor jamais acaba;
A paixão dura pouco tempo.
Amor sim, paixão não!
Obs. Poema baseado em II Samuel 13.
Poema: Odair
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