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Vê-se na palma desta mão incontáveis marcas de inumeráveis
vidas.
Desta vida que é só uma,
Por vezes sem forma alguma,
Vêem-se humanos como lírios,
Personagens de contos hilariantes,
Venenos e represálias,
Desgostos reconfortantes,
Vê-se amor e vê-se morte.

Vêem-se os lanhos do cativeiro da mesma palma dorida.
Vê-se toda a inteireza
E os avejões da fraca sorte,
Que trazem dias intermináveis como tumultos de tristeza.

Lê-se tudo nos rascunhos desta palma,
O passado que não se acomoda
E mesteres não demais diversos.
Só não se vê o imaginável destino,
Nem os atalhos incertos
Que se vislumbram a cada instante,^
A cada pôr-do-sol,
A cada episódio incorrecto que nunca é corrigido
E se rediz numa outra história,
Num outro lugar,
Num outro agregado de figuras que o encara,
Agregado que calca e recalca
E o desenlaça imperfeito.

Esse mesmo episódio,
Gémeo de todos os outros,
Exibe-se nos golpes desta palma,
Aprisiona-se nela como leões irados de um circo vergonhoso!
Trava os caudais para o caminho correcto,
Demarcando todo o tempo e todo o espaço,
Cronometrando o fim desta garra,
A palmo e meio de virar terraço...

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quarta-feira, abril 14, 2010 - 01:19

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EliasFreitas

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