VóRtIcE

Sou como rocha acoitada pela a fúria do vento em vórtice
Sou flor desfolhada e esmagada pela intempérie da vida
Olho o mar, traz-me a calma! Sorvo-lhe o sal
O meu companheiro solitário das desditas

Sou terra aberta num turbilhão interior
Abre se...Soltam-se lavas do meu sangue, emergem ilhas
Sou coral de cores estendidas ao abandono abissal
Porque não me entendes? Sou como a natureza em dia de temporal

Aparece o sol luminoso, e um azul translúcido da minha Alma
Eu sou tudo e sou nada! Nada tenho...Nem a musica das gotas de orvalho

Tudo me é tirado...Será num dia de primavera que serei amortalhada
Pelas injustiças que amordaçam e me ferem como farpas
Nem tu me entendes... já não me ouves
Soltas sons de enfado desta minha verdade já gasta e sofrida

O corpo já quase desaparecido
Breve virão os abutres que me condenam
Estarei só
Quando o Sol evaporar todo o azul do meu mar
O sal cobrirá o meu corpo onde irei repousar

By beijo azul@

Era - The Mass