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Vem do fundo do tempo
Vem do fundo do tempo
da profundidade duma face
que aos poucos envelhece sem perder
a esperança que lhe alimenta a alma,
esta vontade de perguntar:
“ o que é o homem
senão um bicho sem asas que rasteja
eternamente
quando se recusa a gritar?
“ o que é o homem
quando prefere o culto do trivial
e se contenta e satisfaz
com míseras missas apologéticas
com que o fazem calar?
“ o que é o homem
quando não é capaz de gritar?
“ o que é o homem
quando não vai ao fundo dos acontecimentos
e se borra todo como as crianças
com medo de se enganar?
“o que ó o homem
quando lhe batem os pés
e o fazem fugir como os gatos para o escuro
onde se esconde a tremer?
“ o que é o homem
quando se cala e se acomoda
às ideias que lhe vendem
e às promessas que lhe fazem
para o impedir de dizer?
Um homem assim não é coisa nenhuma!
É apenas uma coisa qualquer sem vontade
um ingénuo um bota-de-elástico
um berda-merda de homem
porque nem sequer chega a ser
uma merda de homem qualquer.
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Poesia :
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Comentários
"Vem do fundo do tempo"
Olá Alvaro Giesta,
O seu texto incute o drama como um ensaio repugnante que atiça a braveza do ser.
Gostei da forma como pergunta e responde, guiando-se pleno e judiciosamente num antro de reflexão.
Parabéns, reparta sempre, que, o poeta não teme crescer.
Obrigado e um abraço.
Vem do fundo do tempo
Obrigado António Duarte por me comentar.
Ando por aqui um pocuo "à nora" para ver/ler poemas e poder comentá-los.
Por exemplo, agora, dei com o amigo e tentei ver os seus poemas para os ler.
Esbarrei com a minha dificuldade em manobrar este site e o que apareceu?
Vários poemas que você comentou, entre os quais este meu.
Vou tentar outra vez ler os seus poemas. Nada como insistir descobrir o funcionamento disto.