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VINHOS DE SOLIDÃO …

Enferrujados,

correm os sangues
das minhas árvores interiores.

São as minhas dores calhaus,

paus de vento e lágrimas
pelas nervuras de uma folha morta.

(a cara de um poema já sem risos)

Juízos

como estrondos sem corda
para escalar os poços do pensamento

que deste insano Outono jamais acorda.

Como um rio sem leito,

vai deitado o meu olhar imperfeito,
dilatado como um grito fugidio para o ar.

Escuridões sem pão,

são os vinhos desta nua solidão.

Irada lua,

como um animal enraivecido
a invadir as ruas da minha alma.

Saudades frias,

como estrelas vazias
que fazem comichões na pele da noite.

Passos descalços,

como sopros a esbugalhar o infinito,
um bafo deserto no hálito velho do tempo.

.
.
.
.

Submited by

sábado, março 2, 2013 - 00:01

Poesia :

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Henrique

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Bravo, amigo...dá vontade de

Bravo, amigo...dá vontade de gritar tudo isso, que acabaste de escrever.

http://youtu.be/G0mzLQyd36A

Let it burn...

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