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Vivo na manhã dos dias
Sou uma migalha de gente
Sem pátria, sem chão, cigano
Oculto no solo árido
Nas dunas do deserto no oriente
Quase pisado, qual formiga
Recolhido em minha insignificância
Estou só, triste, estático
Nada tenho, nada quero
A nada pertenço, tampouco busco
Sem seita, sem vínculo
O que posso fazer?
Qual legado deixar?
Escondido de mim, feito caracol
Mergulhado no interior da concha
Estrangulo minha débil força
Apago sereno feito luz do distante farol
Morto-social em firme propósito
Ando como autômato
Mergulho nas noites de penumbras
(Sobre)Vivo na luz da manhã dos dias.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Agosto de 1976, durante uma crise existencial.
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Comentários
Sou uma migalha de gente Sem
Sou uma migalha de gente
Sem pátria, sem chão, cigano
Oculto no solo árido
Nas dunas do deserto no oriente.
Re: Vivo na manhã dos dias
"Sou uma migalha de gente
Sem pátria, sem chão..."
Uma metáfora humildemente perfeita! O seu poema esta cheio de pequenos tesouros que descobrimos em cada verso!
Beijinho em si!
Inês Dunas
Re: Vivo na manhã dos dias
Obrigado, querida Inês, para ti também um bj no coração. Desejo-te um Feliz Natal!
Re: Vivo na manhã dos dias
LINDO SEU POEMA, GOSTEI MUITO!
Ainda bem que todas crises, todos surtos na vida passam, é só não desesperar, e acreditar no futuro e nas maravilhas de nosso planeta e da natureza!
Meus parabéns,
MarneDulinski
Re: Vivo na manhã dos dias
Com certeza, Marne, ter coragem de falar delas e ousar atravessá-las nos torna mais humanos, humanamente falando.
Abraço do amigo.