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Academia Passo-Fundense de Letras - o ano acadêmico de 2008
Sempre sonhei ser presidente da Academia Passo-Fundense de Letras. Acabei eleito no dia 15 de dezembro de 2007, sob circunstâncias ímpares. Tomei posse a 29 daquele mês e presidi, pela primeira vez em vários anos, a abertura pública do ano acadêmico em 15 de março de 2008, com a presença das autoridades mais representativas do município.
Já no dia 28 de março, cumpria uma dívida da gestão anterior, organizando uma solenidade para homenagear autoridades da área da segurança pública. A 7 de abril, festivamente, comemorávamos os 70 anos de fundação da Academia Passo-Fundense de Letras e o Dia Municipal do Escritor, criado por força de Lei. Entre 1 e 15 de abril, as dependências da Agência da Caixa Econômica Federal da Rua General Canabarro recebiam uma exposição de poemas dos imortais passo-fundenses. De 15 a 19 de abril a sede histórica da Academia abriu suas portas para uma exposição de pinturas promovida pelo SESI, reunindo trabalhos de artistas plásticos locais. No dia 26 de abril era realizado um sarau na sede da Academia, com a presença de poetas e músicos locais. Dois dias depois, com a presença de autoridades, e do próprio prefeito municipal de Cruz Alta, promovíamos o lançamento de Os Olhos do General: Por que Firmino de Paula foi um dos homens mais temidos do seu tempo?, do historiador Rossano Viero Cavalari, secretário municipal de cultura de nossa cidade mãe. A 4 de junho era prestada homenagem ao cavaleiro Irineu Gehlen Filho e a seu pai, Irineu Gehlen, ex-presidente e membro atuante do sodalício, com a presença superior a duas centenas de convidados. No dia 27 de junho realizávamos uma sessão solene para comemorar os 90 anos do Hospital São Vicente, com uma belíssima oração do historiador Welci Nascimento. Participamos, entre 30 de junho e 1 de julho, como apoiadores da IMED, na Oficina de Criação Literária de Luiz Antonio de Assis Brasil e pré-estréia nacional do filme “Luiz Antonio de Assis Brasil – O Códice e o Cinzel”, realização de Douglas Machado.
E as atividades continuaram. No dia 6 de agosto era realizado um novo sarau, desta vez com a presença de alunos da EJA – Educação de Jovens e Adultos. Uma parceria com a SEDEC e a CODEPAS permitiu que alunos da Escola Municipal Dyógenes Martins Pinto e da Escola Municipal São Luiz Gonzaga viessem de bairros distantes para participarem de uma atividade de cultura tradicional. No dia 9 daquele mês realizamos a sessão panegírica lembrando a historiadora Delma Rosendo Gehn, que presidiu nossa casa e escreveu obras fundamentais sobre a história de Passo Fundo. O acadêmico Welci Nascimento produziu um discurso, que ao mesmo temo é obra de arte e síntese da evolução histórica do município. Ainda em agosto, durante as festividades da Semana do Município, foi realizada uma Exposição de Tapeçarias, patrocinada pela Prefeitura. A sede da Academia recebia os organizadores da Encenação da Batalha do Pulador, que ali passaram a reunir-se.
No dia 13 de agosto novamente abríamos as portas do Sodalício à comunidade. Premiávamos alunos vencedores do concurso “Machado de Assis: 100 Anos de História” e lançávamos um livro com os trabalhos vencedores e a história do concurso, em atendimento a uma provocação feita pelo acadêmico Marcos Vilaça, presidente da Academia Brasileira de Letras. Foi um dos pontos altos da história da Academia Passo-Fundense de Letras. Três dias depois recebíamos, alegremente, representantes de delegações de diversos países presentes no Festival Internacional de Folclore. A 29 de agosto, o CREATI/UPF ocupava o salão da academia e encantava a todos com um dos seus tradicionais saraus.
Setembro reservaria grandes momentos. No dia 6, o lançamento do livro Caboclo Serrano, de Odylon Garcez Ayres, uma das obras fundamentais para entender a história de Passo Fundo, no início do Século XX. No dia 25 de setembro de 2008, uma comissão de acadêmicos passo-fundenses, a vencedora do Concurso “Machado de Assis: 100 Anos de História” e sua professora, eram recebidos, cavalheirescamente para o Chá da Academia Brasileira de Letras no Rio de Janeiro. No domingo, 27, a tradicional Academia Petropolitana de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico de Petrópolis, abriam suas portas para receberem os intelectuais passo-fundenses. Foram momentos que entraram para a história cultural de Passo Fundo.
Em outubro, novo sarau com a presença de alunos e professores da Escola Estadual Antonino Xavier e Oliveira. E por falar em Sarau, realizamos um sara a céu aberto, no Largo da Literatura, em data que nos foge a memória. De 15 a 19, volta a exposição de pinturas do SESI, agora em sua fase regional. No dia 15 Coquetel e lançamento da 22ª Feira do Livro, na sede da Academia. Dia 18 coquetel do SESI, premiando os melhores trabalhos expostos. Dia 20, uma segunda-feira, café literário, promoção tradicional da Biblioteca Pública, agora no auditório da APL, lembrando Monteiro Lobato e sua criação imortal, o Jeca Tatu, com a presença de professores da UPF, acadêmicos e alunos do curso de Magistério da EENAV. Nesse mês encerrava-se o Curso de Formação de Professores organizado pelo CPRS, com a presença de diversas escolas do município. Era o reencontro com a formação de professores, ali iniciada no dia 3 de abril de 1929.
As atividades continuaram em novembro. No dia 8, os acadêmicos tiveram intensa participação na 22ª Feira do Livro. No dia seguinte, as portas da Academia abriam-se para uma apresentação de coros, reunindo dezenas de músicos que se dedicam à arte clássica. A 29 o Instituto Histórico de Passo Fundo, festivamente, encerrou suas atividades culturais do ano, também na sede da Academia. No dia 4 de dezembro, os Lyons Clubes de Passo Fundo, ocupavam o salão da Academia e homenageavam personalidades que se destacaram na comunidade. Dois dias depois, a Escola de Música Moreira, promovia um Recital de Natal, inclusive com a presença de corais de outros municípios.
Durante três meses, entre setembro, outubro e dezembro, discutimos duas propostas de reforma estatutária. O acadêmico Luiz Juarez Nogueira de Azevedo, uma das mais altas autoridades em Direito Civil do Estado, coordenou o trabalho de reforma estatutária, no qual também tiveram papel saliente os acadêmicos Santo Claudino Verzeleti e Helena Rotta de Camargo. O novo Estatuto, que põe à Academia de acordo com o Código Civil em vigor, estabeleceu profundas mudanças, inclusive proibindo as reeleições por tempo indefinido dos presidentes da Casa.
No dia 13 de dezembro, também pela primeira vez em vários anos, foi encerrado solenemente e festivamente o ano acadêmico. Prestamos contas das atividades culturais desenvolvidas durante o ano. Pela primeira vez na história da Academia, ocorreu um lançamento coletivo de obras. Foram lançados os livros Maratona da Vida, do escritor cruz-altense Darcy Pinheiro da Silva; Nós, entre o Céu e a Terra, da acadêmica Craci Dinarte; 40 Congressos – Resgate Histórico dos CBOTS, dos médicos Tarcísio E. P. de Barros, de São Paulo, e do acadêmico Osvandré Lech; Agenda Poética, da acadêmica Helena Rotta de Camargo; Cenas do Sul, de Luiz Fernando Weber, de Santa Maria, e do acadêmico Osvandré Lech, e Divã, Lágrimas e Lamentação, do acadêmico Getúlio Vargas Zauza. Como salientou o acadêmico Osvandré Lech, falando em nome dos demais escritores, o lançamento coletivo demonstra o espírito de união que vigora entre os acadêmicos.
O encerramento cultural do ano acadêmico de 2008, que culminou com uma lauta confraternização entre os presentes, representou uma prestação de contas das atividades culturais da Academia Passo-Fundense de Letras. Tanto isto é verdade, que já no dia seguinte, o auditório era tomado por centenas de pessoas que participaram das solenidades de formatura dos alunos da Escola de Educação Infantil Saber Fazer. E Academia continua com suas reuniões. Dois dias depois, no sábado, 13 de dezembro, definia as comissões que coordenarão o concurso sobre o centenário de falecimento de Euclydes da Cunha, em 2009.
Mantivemos, na TV Câmara, durante o ano todo, a gravação de entrevistas para o programa Literatura Local, exibido pelo Canal 16, da Net. Essa parceria com a Câmara de Vereadores tem sido indispensável para uma divulgação dos autores locais. Na internet, no sítio Usina de Letras, iniciamos a publicação de trabalhos dos acadêmicos, dando alcance mundial a produção cultural de nossos consócios.
Tudo isso só foi possível porque todos os acadêmicos colaboraram. Nenhum acadêmico é maior do que a Academia. A grandeza de um sodalício é proporcional à grandeza dos seus membros. Se 2008 foi um grande ano para a Academia Passo-Fundense de Letras, 2009 será ainda melhor e maior porque “Tudo é possível ao que crê”. Continuaremos seguindo a máxima “Ora et Labora”.
A imortalidade não tira férias.
Passo Fundo, 13 de dezembro de 2008.
Acadêmico Paulo Monteiro
(Presidente da Academia Passo-Fundense de Letras)
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Comentários
Re: Academia Passo-Fundense de Letras - o ano acadêmico d...
Pelo exposto, a academia está em boas mãos...que assim continue..." Ora et Labora".
"felix 2009"
Beijo
Re: Academia Passo-Fundense de Letras - o ano acadêmico d...
preszada maria
obrigado pela generosidade das tuas palavras
as academias de letras são muito criticadas por sua postura e suas práticas tradicionais
creio que necessitamos é quebrar esses paradigmas
é preciso que as realidades sociais inclusive as academias de letras sejam transformadas
é o que estamos fazendo
com um grande e fraterno abraço do
paulo monteiro
Re: Academia Passo-Fundense de Letras - o ano acadêmico d...
Caro Paulo Monteiro,
Certamente que as mudanças são sempre bem vindas ,desde que contribuam para o crescimento em plenitude, salvaguardando a identidade, não correndo o risco da descaterização dos seus princípios, mas estou certa,na Academia Passo-Fundense de Letras isso não acontecerá.
Obrigada pelos teus gentis comentários aos meus escritos.
Beijo