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Cansei-me de escrever
Fartei-me.
[E que forma tão original de começar isto, sendo isto qualquer coisa que virá a ser ou que promete ser, se algo promete.]
Cansei-me, exauri-me… Não metaforicamente falando, com nem sequer um único pingo de ironia, remetendo-me à pura constatação dos factos sensórios: sempre que escrevo enjoo.
Não enjoo o acto em si, não enjoo o deus do acto, a que chamam literatura, não enjoo os objectivos… enjoo o meu estilo de escrita, ou falta dele; as gastas e enfadonhas expressões a que recorro, e se não as escrevi antes já as pensei tantas vezes que me parecem lugares comuns; da minha falta de rumo, parecendo que só sei escrever se não tiver objectivo ou tema, assim como um vómito de palavras tortas que de escrever direito não têm nada; canso a falta de vocabulário e a insistência ou tendência natural para utilizar a primeira pessoa, e esta se não gramatical pelo menos intencional.
A solução é simples dirão, e também eu o disse: deixa de escrever. Deixei.
Como diz o povo saiu-me o tiro pela culatra e há falta de enjoos vieram as horas desesperadamente vazias a contrastar com as outras desesperadamente preenchidas de dúvidas da existência. Perdeu-se-me o equilíbrio.
Pois ora aqui estou a escrever. Decidi-me a escrever o que sai da máquina que escreve na minha cabeça, a seguir o que me manda essa máquina e a não querer saber. Acima de tudo, a não querer saber. Portanto, perante algum problema com o que acabou de ler, caro leitor, deposite as culpas nessa dita máquina.
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Comentários
Nem todas as horas são da
Nem todas as horas são da escrita;
por vezes as palavras ousam descansar,
deixando acordado o nosso tédio.
- são meras crises passageiras.
Saudações!
_Abilio Henriques.