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Castelo de água...
Ela desenhava rostos no sombreado das gotas da chuva, cada gota guardava os lábios que tinham ficado por beijar, os traços não tocados, desencontrados dos seus...
A chuva escorria dela em nascente temperada, entre dor, amor e um nada que não se define...
Naufragavam escunas nos seus sonhos de portos distantes que perderam a bússola em hálitos de sal...
Os olhos eram faróis que iluminavam caminhos perdidos de aguas escuras, num anormal iluminismo de esperança...
Ao longe, erguido o castelo erigido por povos apaixonados que ainda assim precisavam de torres para protegerem almas frágeis...
E haviam pontes elevadiças que oscilavam nas batidas mortiças de um peito desfeito.
E haviam bandeiras que eram ligaduras que abraçavam feridas sangradas de desilusões e fraquezas incompreensíveis...
Na pedra da sua intemporalidade gravado o nome do seu nome que era a pertença de todo o teu ser e a maldição do seu sentir...
E a erosão que se vergava ao império de um sonho perfeito feito para ser lenda que teimava em ser apenas desejo desmembrado pelo medo...
E ela desenhava os rostos alheia às intempéries que em serie descompassadas e implacáveis de acontecimentos a tornavam cascata em agonia...
Um dia talvez os rostos tomassem forma e se soltassem do seu castelo de água...
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Comentários
Re: Castelo de água...
Que o teu nome se marque nestas páginas; onde, para sempre se encontra gravado; onde solta puridades muito bem sentidas e de ornamentos que adoçam a tua palavra...
- Quantas sombras assim passam falando para ti!?
- Parabéns. Gostei de te ler, pingando sobre os desenhos de tantos beijos por beijar. É sempre um prazer ler-te. Obrigada
Re: Castelo de água...
Desenho, projecto, designio, linhas a que me resigno... futuro é impossibilidade consumada pela vida consumida pelo passado feroz e sedento de momentos que deixou escapar nas garras, por entr'os dentes...
Mas quando o porte da caneta se eleva vertical ao papel... riscos sobre linhas levam a alma sonhadora para além das leis terrenas de uma àgua sem forma ou de um areia sem àgua... construções impossiveis... apenas impulsionadas pelo desejo... nascem do perfeito e simples: nada!
Como sempre... adorei ler-te...
Beijo...
;-)
Re: Castelo de água...
Um texto de belíssima qualidade. Parabéns. Adorei. Abraços