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A lenda da espera...
Num tempo esquecido pela história, houve um amor intemporal que ainda vive na memória das pétalas dos sonhos...
Ele, um poeta perdido em demandas interrompidas, queria imortaliza-la em palavras, vestindo-a de metáforas e tocando-a em versos, ecoados por uma alma inquieta e frágil...
Ela, uma gota de chuva, numa força descontrolada e sensível queria apenas viver tudo, pois sempre soube que ia morrer cedo de mais... Amava-o além dela mesma e sabia que o amor é a imortalidade de tudo e a resposta que nos falta todos os dias...
Conheceram-se porque o amor é como a água e encontra sempre um caminho de proliferar e conquistar espaço, amaram-se imediatamente e descobriram que o imediato trazia recordações de outras mil vidas, onde sempre pertenceram um ao outro...
Ele tinha medo que o mundo não compreendesse e quis proteger o amor adiando-o para um tempo em que fosse possível serem felizes. Ela apenas queria que ele compreendesse que o amor existe quando tem de ser, uma dádiva acontece sempre no tempo certo e é arrogância dos homens pensarem que sabem mais que o Universo...
Ele pediu-lhe para esperar e Ela aceitou mesmo sabendo que o tempo não chegaria a tempo e quando ele voltasse ela não estaria à espera...
Devagar, cuidadosamente, preparou o mundo para que a união deles pudesse ser perfeita, beijou cada detalhe, desejando que dessa forma eles pudessem sempre felizes! Achava que esperar por Ela jamais seria tempo perdido e que iria recompensar tudo...
Ao longe ela definhava, dia após dia, com uma esperança infantil de que ele chegasse a tempo e o amor de ambos se compadecesse e permitisse que ficassem juntos pelo menos um instante, antes dela ter de partir... Um momento com ele seria uma eternidade de felicidade para ela...
Mas a vida sabia que ele não ia voltar a tempo e não valia a pena esperar, roubou-a, carinhosamente, transformando-a em lágrimas...
Ela pediu um único desejo, antes de fechar os olhos, que a morte dela transformasse o mundo em tudo aquilo que ele julgava necessário para que o amor deles pudesse ter sido perfeito...
Inês Dunas
in:"Purpurinas..."
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