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CIRCO
CIRCO
E tinha esta ânsia desmedida, mal entendida e mal versada... Este desejo inconseqüente, irrequieto e despojado. Tinha este sonho tão intenso, tão ardente, tão sufocante que, no mais das vezes, nem falava.
Então virava equilibrista, procurando manter os pés firmes no fino fio esticado. Virara trapezista que voava, mesmo estando parado e sem rede de amparo. Tornava-se malabarista sem coordenação motora, mas insistia em tentar agarrar o malabar que já despencara no tablado.
Ainda era aproveitado como o contorcionista, que vivia a dor diária de torcer de todas aas formas inimagináveis o próprio corpo, para escapulir aos desastres, aos perigos e até as alegrias que, porventura, aparecessem.
Quando sobrava algum tempo, transformava-se no domador de feras para cabrestear aqueles sonhos que não iriam se realizar. E, por fim, virava a aberração do circo dos horrores, que todos os visitantes do circo desprezavam, chutavam, riam e tinham medo, embora a curiosidade mórbida do populacho criasse um fascínio que, de se afastarem, do ser torto, os impedia.
E para todo esse elenco circense completar ainda se fazia poeta para tudo isso declarar. Alguns lhe diziam que, para esta arte praticar, já nascera pronto e mais nada precisaria fazer. Então agradecia o elogio, mas dizia que era ainda apenas aprendiz, eis que nunca um ser completo seria.
E era por isso que tinha essa sede, esse desejo, esse ardor, que não gritava, não chorava, não falava, nem arrostava.
Tinha sede de vida e de possui-la por inteiro. Era por esta que gritava, que desesperava, em total silêncio.
(25/03/2011)
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