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PSIQUE
PSIQUE
E a orbe em que morava era assim.
A Chapeleira até vivia contente e tentava a ordem manter em sua estranha residência, apesar de sua reputação estremecida por causa das estripulias de Alice.
Aline não estava nem aí: só pensava em planos mil para expungir do espelho e atormentar a vida da dona da casa ou qualquer outro ser. Mas, quando pressentia algum perigo de livre e espontânea vontade trancava-se no reflexivo objeto. No mais das vezes, a força bruta se fazia necessária para jogá-la em sua obscura cela, embora a menina travessa sempre acabasse craquelando o reverso retrovisor e fugindo para estarrecer a humanidade. E lá se ia a Chapeleira resignada comprar outro espelho para aprisionar sua excêntrica amiga.
Já a Açoriana era um ser esquisito; vivia com saudade sabe-se lá de que, do que ou de quem. Vivia desafinandamente cantando fados e a sofrer. Até a carne rasgaria para externar sua agonia. Como não poderia deixar de ser, amava Dulce Pontes. Sua poetisa preferida: Florbela Spanca, a portuguesa entristecida.
Havia, ainda, a poetisa silente, que, além de muda, um grave defeito tinha: rabiscar poesias. Também se arriscava na prosa, para contar ninguém entendia o que. Criara o MM (Ministério da Mentalidade) para tentar organizar, compilar e ordenar a filosofia e as atividades culturais da casa da Chapeleira.
E, no meio disso tudo, suspeitava-se da existência de uma certa criatura um tanto taciturna: a interpretadora de normais de convivência. Esta, pelo que se ouvia dizer, vivia a repreender a todos os seres da orbe e a legalizar idéias estranhas. Sonhava com pássaros e flores, mas não confessava a ninguém.
E a esta, que parecia a mais sã de todos, que as vezes era entrevista, outras não dava na vista, e procurava com todos os moradores da casa da maluques bem conviver, só restava essa conclusão: no mundo em que nascera não era fácil múltiplas personalidades esconder.
(31/03/2011)
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