Nunca é tarde

Embato contra realidade.
Sinto a rapidez da fraca brisa levar-me toda a areia,
Que cega os olhos devaneadores,
Quebrando o raciocínio tão adorado.

Vem o choro causado por todas as dores.
O vício que me leva a chocar contra a tua imagem na mente
Cai pelo rosto sobre líquido que tenta libertar-se das impurezas.
Mas é tão àrduo moldar uma outra verdade,
Quando se sabe que não há quem o favoreça.

Ficarei apenas pela competência de um desistente?
O mundo nunca será o que a minha cabeça construiu
E, se eu não pertencer a ele quem o saberá?

Quero-te nele porque sinto-me incompleta neste excessivo cuidado.
És o resto da perfeição que falta para que ele não se desmorone.
Não é Passado o tempo que devia vir ou que era conveniente,
Só falhou a hora habitual que desejavamos.

Continuo a ouvir a tua voz torcida,
Enquanto, que estou aqui sentada
Esperando que se torne mais delicada.

Mantém viva a chama acelerada e magistral.
O nosso primeiro fruto esmeroso.
Não deixarei para trás tudo o que conquistei,
Quando te quero fazer ver que não é o fim do dia ou já a entrada da noite,
Mas sim, que o Nunca é que é tarde.