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síndrome
A velocidade dos meus pensamentos, ou raciocínios, como bem vos aprouver considerar, constituindo a materialização diáfana da minha existência através da consciência, encontra-se, infelizmente, numa dimensão muito para além daquela outra em que dou corpo cá fora, no imenso contraste de espaço e luz definido que me envolve. A velocidade a que as ideias me surgem, singelas ou não, corrompidas, ou mesmo estúpidas, têm um corpo que muito dificilmente é clonado em palavras, nesse canal de comunicação com o exterior; elas sabem-me sempre informes e sem brilho.
Não raras vezes, apresento-me aos olhos de outros com um defeito, já reconhecido por mim, que classificaria – sem qualquer laivo de imodéstia – de o “síndrome do jogador de xadrez”. Involuntariamente, vejo-me a levantar a casca da cebola, camada a camada, resultando na assumpção final, frustrantemente criticada de hermética e descontextualizada. Clara de compreensão para mim e frugal, pela minha falta de paciência, e acima de tudo, pela sensação pesada do tempo que me falta, confundo o possível diálogo com um tabuleiro de xadrez: “dentro de cinco jogadas darei xeque-mate”. O enfado que me assalta é tal, que me esvazio de subir, passada a passada, cada um dos degraus. O tempo não existe; não há princípio nem fim; não há um estado último e findo das coisas; (…).
Para meu desgosto, Voltaire diria que se trata de metafísica.
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