CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Seda negra.

Negra Seda

Lanugens de jovem em cadências de pele acastanhada e levemente rosada evolucionam gradualmente e finalizam em deleitosos montículos, que se elevam tesos em amendoim tostado. Melindrados, sentem-se inchar ao toque subtil dos lábios, pelo menos na febril imaginação de Emílio repassava esse sentimento.
Procedendo da elegante linha de cintura forma-se um delta bem negro, num profundo, algo intangível lago fundo onde assentavam longas pernas em seda preta clara e luzente.
Toda uma elegia voluptuosa enquadrava um delta, onde um vórtice umbilical se espraiava em harmoniosos declives.
Deslumbrava-o o esplêndido corpo de menina moça sentada ao seu lado na pick-up amarela cor de milho e deixa-se conduzir num cosmos paralelo e sem culpados de negras sedas e encarnações de volúpia incontida.
Surge uma penugem densa no decote de Cíntia, estende-se progressivamente ao fundo de um lago mudo e uma outra linha carnuda assoma debaixo, ladeia e distingue-se suavemente um, dois montículos rígidos, mais claros que os culminam e se vêem sob a blusa fina.
Em cada gesto dela sente-se equilíbrio, o corpo desfila num sem fim sensual de ténues curvas magnificamente produzidas em tons de seda prata,
Longos fios, como cascatas em torvelinho ladeiam um rosto discreto em castanho de voracidade branda.
Sons macios de seda e cetim expressam-se nos sentidos de Emílio ao menor movimento dela.
O Colo elevado e levemente inclinado, permite que a catarata de cabelos repouse sobre um dorso modelado e enlace com as nádegas fixas do corpo negro e delgado da jovem.
Ao lado dela viaja mudo Emílio que sente a tensão sexual aumentar ao ponto de quase explodir ao mesmo tempo que imagina o corpo nu da jovem companheira sentada ao lado, invade-o a sensação de predador face à corça e decide atacar …
– Cíntia debate-se falsamente e por curtos instantes, depois deixa-se ir ou antes, deixa-se ficar, Emílio não era velho nem muito mal parecido, camponês dos três costados, pai mãe e avós, caboclos de mãos calosas e mente também ela calejada pelo sol e pelo seco sertão.
A renda branca da cueca de Cíntia cedeu como “teia-de-aranha” às mãos de Emílio que apesar da violência tenta dizer ao ouvido de Cíntia algumas palavras no seu entender sensuais mas que soam a obscenidades, às quais não estava habituada mas que, em lugar de a deixar desconfortável incrivelmente excita-a,
Sentia-lhe os dentes a mordiscar devagar e com gentileza os mamilos cada vez mais inchados e volumosos.
Rendeu-se á investida grotesca deste homem que mal conhecia, talvez com medo das consequências mas por outro lado à descoberta de outra Cíntia
Sentiu-lhe a língua a percorrer cada nesga de pele castanha /negra e esbelta ficando atrás uma sensação de querer mais e mais o corpo rijo maciço e roliço dentro dela o mesmo que ela sentia teso rolar de encontro ao ventre e nas virilhas e depois navegar por ela dentro sem pedir licença nem permissão pra entrar, primeiro roçando levemente os lábios, a boca e penetrando depois devagar na boca mal aberta inicialmente como depois por entre os lábios vaginais rubros de tanta esperar pelo prazer prometido por Emílio.
A imaginação de Emílio ficara aquém da real feminilidade daquela mulher que se dava a ele tal qual uma mansa gazela aos dentes da fera brava.
De tronco dobrado à mão gigante pela cintura com força muscular bruta ele sujeita o corpo dela de encontro ao seu como que gerando um outro na pressão sexual e símia de dois seres opostos e de origens diversas,
Arrasta-a pró meio do capim macio de cheiros a hortelã-pimenta e rosmaninho como se fosse a recompensa de onça,
Ela sente o órgão rijo mas macio de Emílio como se fizesse parte dela, preenchendo-a fundo
E de tal maneira que não queria que terminasse esta avassaladora viagem de auto-descoberta, essa tesão que desconhecia ter tão alerta dentro de si.
Também ele não queria deixar de habitar ou possuir o corpo belo da jovem, não queria mais sair de dentro dela, como se fosse pertença única e exclusiva de macho Alfa, despojo de guerra, nesse momento dá-se a explosão de ambos, tal pirotecnia quando vários jactos de esperma morna e o lascivo, dilacerante orgasmo deles que se conjugam num grito tal o de Ipiranga.
Libélulas pousam nos fenos e cigarras cantantes calam-se por custos instantes retomando a actividade enquanto repousam exaustos estes protagonistas súbitos dos prados
Deslumbra-se ele de novo perante o corpo cansado de menina adulta deitada ao seu lado na pick-up amarela cor de milho…negra seda,
Cíntia descobrira o natural poder de ser menina e mulher sob um céu em azul topázio e safira …

Joel Matos (07/2017)
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

quinta-feira, fevereiro 8, 2018 - 12:28

Prosas :

Average: 5 (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 7 semanas 5 dias
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42009

Comentários

imagem de Joel

Seda negra.

Seda negra.

imagem de Joel

Seda negra.

Seda negra.

imagem de Joel

Seda negra.

Seda negra.

imagem de Joel

Seda negra.

Seda negra.

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Ministério da Poesia/Geral Não sei se meu… 10 899 03/21/2018 - 17:41 Português
Ministério da Poesia/Geral Não digam depois que era mentira… 11 1.228 03/21/2018 - 17:38 Português
Ministério da Poesia/Geral Juro 10 743 03/21/2018 - 17:36 Português
Ministério da Poesia/Geral Se eu fosse ladrão roubava 10 977 03/21/2018 - 17:35 Português
Ministério da Poesia/Geral O rio só precisa desejar a foz 10 776 03/21/2018 - 17:34 Português
Ministério da Poesia/Geral Uma mão cheia de história 10 811 03/21/2018 - 17:32 Português
Ministério da Poesia/Geral Muda Esperança 10 1.360 03/21/2018 - 17:27 Português
Ministério da Poesia/Geral Imperturbável 10 745 03/21/2018 - 16:32 Português
Ministério da Poesia/Geral Desfaz da minha alma o novelo 10 590 03/21/2018 - 16:28 Português
Ministério da Poesia/Geral Voltam não 10 1.077 03/21/2018 - 16:25 Português
Ministério da Poesia/Geral Sem ser me são, não sendo… 10 297 03/21/2018 - 16:23 Português
Ministério da Poesia/Geral Sou um homem mau. 10 358 03/21/2018 - 16:22 Português
Poesia/Geral Nada me prende ...a Nada 10 1.393 03/21/2018 - 16:20 Português
Ministério da Poesia/Geral Com’um pensamento que te s’crevo… 10 1.267 03/21/2018 - 16:19 Português
Ministério da Poesia/Geral À margem de ti 10 2.627 03/21/2018 - 16:17 Português
Ministério da Poesia/Geral O que fazes … 10 1.533 03/21/2018 - 16:05 Português
Ministério da Poesia/Geral É desta missão de cifra que sou e padeço… 10 1.024 03/21/2018 - 16:00 Português
Ministério da Poesia/Geral Na extrema qu’esta minh’alma possui. 10 1.159 03/21/2018 - 14:23 Português
Ministério da Poesia/Geral Coração Peregrino… 10 423 03/21/2018 - 14:22 Português
Ministério da Poesia/Geral Erva Maldita 10 280 03/21/2018 - 14:14 Português
Ministério da Poesia/Geral Tudo o que sei do medo… 10 650 03/21/2018 - 13:35 Português
Ministério da Poesia/Geral A hora é do tempo, a Ágora 10 1.952 03/21/2018 - 13:31 Português
Ministério da Poesia/Geral Estou só ou não existo… 10 968 03/21/2018 - 13:27 Português
Ministério da Poesia/Geral Breve País este… 11 724 03/21/2018 - 13:22 Português
Ministério da Poesia/Geral Mal m’alembra o futuro. 11 1.127 03/21/2018 - 13:18 Português