TWITTER

     Uma das coisas que me incomoda é a superficialidade e a o caráter fútil das publicações no microblog twitter. Sou usuário e acreditei que seria uma plataforma interessante para discussões e ou pontos de vista relevantes. O que vejo atualmente é apenas um veículo para exposição de consumismo e tópicos tão medíocres quanto a qualidade das publicações de seus usuários.

     Se o amigo e a amiga discordarem, sugiro que dediquem o seu tempo a uma análise. Mesmo que num apanhado macro, colhe-se apenas o trivial. A celebração da futilidade, do artificialismo, do modo de vida consumista encarando o egoísmo como referência.

     O hedonismo e o narcisismo elevados a condição de auto religião. A glorificação da crença que o "ter" é mais importante que o sentimento ou o espírito. Tudo isso relacionado com estruturação de uma nova geração de burgueses. Jovens na faixa etária dos 20 aos 30 anos cujo principal objetivo é a ostentação. A nova burguesia, os caboclos yuppies que buscam o status a qualquer preço.

     Instituem suas publicações nas plataformas como o twitter como observações relevantes e merecedoras de atenção quando, na verdade, apenas sugerem uma disposição ao comodismo. Ao "não pensar", a condição de que, se o mundo seguir dentro da sua faixa de conforto não há porque se preocupar com qualquer outra coisa há não ser consigo mesmo e o vazio próprio. Mais vale a manutenção da casca, dos sorrisos instantâneos e da preocupação máxima de "em que praia eu vou estar, qual o sapato que vou comprar!".

     É deprimente. Mas é a realidade.