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Um conto mal contado I

Ecoava o som de Joplin, no seu pequeno quarto.
De voz cortante, ela gritava "Baby,..", e ele deitado na cama,com a garrafa de Vodka semi vazia, quedava-se semi desperto, semi sóbrio.
Despido e desconsolado, perdera a batalha do amor.
Refugiava-se no seu "Mundo", tentando apagar as memórias dos primeiros encontros, da primeira vez que a vira.
Foi ao fim da tarde, à beira mar. Ela estática e pensativa, sentada a contemplar o oceano.Perdida em algum sentimento confuso, talvez profano.
Ele caminhava perdido, num passo sem sentido, deambulando sobriamente pela areia. Descalço, com sapatos na mão e fone na orelha.
Ela não o viu, não se apercebeu, de como o corpo dele tremeu, ao a ver tão alheada, de face molhada, de um sal, do sabor do mar, igual.
Sem proferir qualquer assunto, sentou-se ao lado dela, olhou na mesma direcção, como se estivese a velar um defunto.
Ela não o viu, não se apercebeu. As mãos tensas, entrelaçadas. Ele sem vontade de soltar piadas.
Estáticos, olhos presos no Oceano.
De repente, da presença dele ela se apercebeu.
Ficou atrapalhada, como que acordada, de repente de um sonho.
Ele sorriu-lhe, estendeu-lhe a mão e apresentyou-se:
-Olá, sou Romeu!
Ela hesitou, e ao ve-lo assim, de mão estendida, retorquiu num sorriso timido:
-Olá sou Julieta!
De sorriso rasgado na face, ele queria quebrar o gelo, e antes que tal momento se perde-se, brincou:
-Coincidência, creio que no passado já escreveram sobre nós!
-Oh, tambem ouvi contar, da voz dos meus avós.
Ela brincando, entrando na onda, fazendo conversa, escondendo o dedo à presa:
-Consta-me, pelo que li, que te amava.
-O doce Romeu e a linda Julieta. Tal conto se tratava.
-O poder da História, é esse. Ciclicamente se repete.
Ela sentou-se, abriu a bolsa e tirando uma cigarreira, confessou:
-Não percebo muito de história, estudo para advogada.
Ele acendeu-lhe o cigarro, e brincando, retorquiu:
-Ecelência me confesso. Sou culpado!
-Qual seu crime?
-Noutra vda tomei veneno.
-Oh, de certo que era ameno. Ou não voltavas
-Tinha de vir. Afinal já cá estavas.
-Romeu, não sabes tu que é impossivel!
-Sempre o foi.
Ela fitou-o com atenção, estava numa encruzilhada de vida, e de repente, ele chegou. Em silêncio. Um jovem bonito, com sentido de Humor, pronto a ser corrido...seria amor?
-Qual é a tua, engatatão?
-Só de manhã. À tarde não faço serão!
-Perdão?
-Vi-te aqui na areia e pensei...Porque não?
-Tens muita lábia!
-Já vi que és Sábia!
-Sempre de resposta afiada?
-Não sei, srªa advogada!
-Ainda não sou. Ultimo ano.
-Engenheiro.Filho de Italiano.
-Compreendo Romeu.
-È como te digo, Julieta
-Sabes que foi uma treta?
-De que falas?
-O romance. Nunca existiu na realidade.
-Absolvido o veneno então.
-Foi suicidio, então.
Um minuto de silêncio, um beijo dela na testa dele ,e prontamente o dedo exibiu. Nele, uma argola doirada, refletia o seu estado de alma.
-Chegas-te tarde Romeu!
-Quem sabe um dia, Julieta
-Dá-me teu numero!
-Não. O destino se encarregará, de novo encontro.
Ela exibiu uma face de assombro. Levantando-se, sacudiu a saia, e sorriu:
-Até um dia Romeu
-Até sempre Julieta.
Ao vê-la fugir, o coração dele a partir.Não conseguia sorrir.
Ergueu-se pouco depois, comprou uma vodka e foi para o quarto, acabar o dia.

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quinta-feira, outubro 15, 2009 - 11:16

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