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Uma simples maneira de ser... e de estar (confissões de um universitário)
Por que debaixo do infinito corro atrás do destino que não compreendo por desconhecê-lo? E sempre caminhando rumo ao lugar nenhum; e tenho medo de marcar um encontro para amanhã ou depois porque não sei se estarei aqui para lá comparecer. E percebo todas as noites, quando me deito para dormir, que talvez eu não presencie o dia seguinte, mas, mesmo assim, digo a mim mesmo que amanhã posso me encontrar com o meu amor, ou posso conversar com um amigo ou desejar bom dia para o sol.
E quando saio pela manhã digo aos que amo que retornarei à noite, mas sempre sinto uma dúvida pairando entorno de mim, sendo que não sei o que me espera na esquina... ou no trabalho... ou no caminho que percorro até chegar ao lar novamente.
À noite, quando a caminho de casa estou, após um dia de trabalho, e após as aulas, bem junto à janela do ônibus contemplo o céu e, muito sozinho, ponho-me a pensar em como seria se eu estivesse lá em cima, observando-me de lá; eu lá e eu aqui.
E sinto que a minha volta, eles todos não compreendem meu estado de estar sozinho, a contemplar o espaço que de mim está tão distante... mas eu pelo menos sei a razão desse meu estar sozinho contemplando os astros... é meu jeito de me sentir perdido, de me sentir longe de mim para mais comigo estar, contemplando eu mesmo de um lugar distante, e imaginando-me longe daqui, a percorrer sonhando um lugar incrível, onde eu possa voar livremente sem asas: pois não as tenho.
E se alguém perceber meu olhar longínquo, logo compreenderá que não sou somente daqui, sendo que tenho um jeito de estar sozinho que me torna singular, diferente até mesmo de mim.
E estou ausente do mundo e de mim.
E se quem me observa tentar compreender meu jeito de estar sozinho, precisará viajar para um mundo de sonhos, caminhar comigo longe daqui, contemplar o infinito que segue sempre em frente, que nunca pára; que só segue sozinho eternamente.
Mas, contemplando o céu, vislumbro milhões de amores, sonho com mil aventuras, e descubro poesia, e tento escrevê-las no pequeno caderno que sempre carrego, e o balanço do ônibus atrapalha meu sagrado intuito e, quando chego ao meu recanto, ao invés de dormir ponho-me a escrever o que descobri, e vou dormir em seguida pensando no mundo que visitei, e me perco em inúmeros amores e sonhos e, quando acordo, percebo que tudo era só sonho... só imaginação de alguém que está sempre voando nos braços da liberdade que muito deseja...
Mas, quando saio novamente para o mundo da razão, tento encontrar em todos os cantos aqueles amores, aqueles sonhos...
Mas sempre me esbarro em obstáculos, pois ninguém compreende meu jeito de estar sozinho, ninguém observa como eu o céu enquanto o ônibus rasga a noite... ninguém quer como eu se perder nos próprios sonhos... ninguém quer como eu contemplar a lua enquanto sorri para o amor que está para encontrar... um dia.
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