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Ver com os olhos da fé
O amor abala quer a pequena quer a gloriosa criatura que exista, mas confesso, não deixarei que me controle nunca mais.
Dizem que há primeira vez para tudo e eu já tive a experência de o amor ser dominante destes ossos, desta mente e deste coração que não se cansa.
Foi A intensa paixão.
Num acto de imaturidade, foi tal o arrependimento que percorreu-me as veias por um tempo que se prolongava a cada passo.
Naquela hora já me ajoelhava, sou até capaz de dizer que rastejava pela fuga que me faria reencontrar o passado.
Ele voltava era verdade, mas nunca chegava a ser meu. Era como se me observasse e me desse o "fruto proíbido" por instantes, sorria-me e virava costas.
Parava por momentos e eu encorajava-me ainda mais a correr mas era inútil.
Lá se ía.
Chorava.
O arrependimento caminhava comigo.
Secava as lágrimas e olhava em frente e de novo ele.
Coisas doces me trazia e quando me aproximava lá ele mandava-me o sorriso sobre o ombro.
Chorava e reflectia.
As escolhas são feitas uma vez eu tinha tomado a minha e arrependi-me.
Tornava-me forte e com vontade de enfrentar os meus medos e ele era a razão.
Muitos reachos foram criados onde a nascente eram os meus olhos e estava eu toda moribunda por um amor sem explicação. Contudo, não desistia e deixava que os joelhos esfolassem e aguentava toda essa loucura sentida.
Quando dei por mim ele tinha voltado.
Fiquei alí sentada, sem esperanças e sem fraquezas.
O passado aproximou-se de mim, olhou-me e beijou-me a face. Por fim, caminhou para algum sitio (não sei bem onde, já não me acendia a curiosidade) e eu levantei-me calmamente, não pestanejei e fui para o lado oposto a essa perdição.
Foi um tempo que manti eterno.
Foi o tempo que começei a ver com outros olhos as coisas que o amor consegue pôr alguém a fazer.
Foi o tempo de crescer e mostrar que temos de ser a pessoa do lado de fora para observarmos o propósito de toda a insanidade que o amor nos faz chegar.
Não podemos "ver com os olhos da fé" o amor mas ele põe-nos a ver com eles.
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Comentários
Re: Ver com os olhos da fé
Ana excelente texto de sofrimento.
Um beijo
Melo