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Desaparecida

Sofia saiu para colher trigo
Levá-los-ia para sua mãe preparar o pão
Deles somente de um dia.
No caminho encontrou um vendedor de flores
Que lhe ofereceu uma bela margarida mágica
Ela deveria comê-la e assim
Conseguiria levar mais trigo pra Casa.
Sofia rompeu o métron
E viu diante de si um campo seco
Não achou nada e quis voltar
Presa num entepestuoso vale
De lagartos selvagens e famintos
A menina gritava e não era ouvida
De repente do sol fez-se pó
A escuridão era iluminada apenas
Por seu olhar assustado
Esperando eternamente por ser resgatada
Não conseguia mais ressonar
Em sua garganta ainda tinha aquele
Enjoado gosto adocicado.
Fez-se perder a esperança
Não por falta de luta,
Mas por falta de amor de quem
Deflorou pétala por pétala
E derramou sua seiva.
A demora sem fim atingiu a mãe
Que aos poucos foi dando
Pela falta da filha.
Saiu da cozinha,
Foi buscá-la no campo,
Mas o que viu foram trigos quebrados ao chão
Aos berros corria por entre a natureza ensurdecida.
A inquietude foi tanta que a fez ajoelhar
Ali mesmo, pedindo a Deus que a trouxesse de volta,
Mas sua voz mergulhava num silêncio que ecoou
E multiplicava sua dor.
Desesperada continuava procurando.
Entrou num vale florido
Veio ao encontro dum camponês que lhe disse:
Tua filha que está desaparecida?
Acho que se esconde debaixo de uma Margarida.

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segunda-feira, abril 12, 2010 - 22:37

Ministério da Poesia :

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kathfranca

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