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27

Las manos me duelen de frio
Mis peligrosos guantes de ayer
No se bastan para contener el aliento
Me duele el tiempo que aun me falta por pisar

Saber donde termina mi voluntad
Saber de espacios donde mi cuerpo no sirve
Saber que hay novedades en los nombres
Y estaciones en la garganta
Saber que nada puedo...

Entregarse al cero puede ser
La mejor de las transacciones
Abrir una cuenta en la vida con nada
Con cero ideas
Cero fantasmas
Cero quimeras que no objetan su vacío
Cero ilusión que no amenaza

Y en tal tono de lucidez
El transitar se hace más simple
No se necesita inundar los zapatos
Con lo que no vendrá
Con lo que los cimientos de un ayer descrito
Se plasma en el frente
Sin dar tregua a rendiciones ni fatigas

He aprendido a echarme para atrás
A huir del futuro como se huye del amanecer
He aprendido a dormir
Y desvelar mis sobriedades con algo más sutil que un abandono

He aprendido a desprenderme con lentitud

Tal vez en otra vida
Con signos nuevos de estructuras
Con adioses que se usen adecuados

Tal vez en otra resurrección
Daría un paso firme hacia el encuentro

En este instante que se dibuja de eterno
No me caben ímpetus en la cobardía de mis ojos
 

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terça-feira, maio 17, 2011 - 04:21

Poesia :

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miguel angel pulido jaramillo

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