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28

Es tanta la sobriedad
Las cadenas de humo inscritas
Las oxidadas frustraciones de más tarde
Es tanta la libertad
Que hoy nos asfixiamos en su sombra

Cabe resaltar
Que es siempre lo mismo cuando no estás
Cuando los marchitos descansos que me ajustan
Tienden a levantarse de sus moralejas
Y sus símiles echados a la historia

No me levantaré si no es preciso
Si no soy obligado a tender la trampa de mí ahora
No me vestiré con el ímpetu entre dedo y dedo
No me despojaré de mis letargos

A veces solo el dolor es suficiente
No es necesario embarcarse en juicios de nada
En meditaciones que caminan hacia un siglo que se fue

A veces no es necesario
Abrir los espejos de mi abismo
Y vislumbrar que todo continúa sin andar

A veces no es necesario llorar
Ese ejercicio de los párpados al alma
Ese simulacro del afán hacia el dolor
A veces no es necesario romper llamados
Y enterrar lo poco que nos quedó de aquella vida

Siento que un vuelo no es tan alto
Nada alcanza el cielo
Mientras éste siga en su afán de omnipotencia

Siento que una partida no es del todo suficiente

Si sólo pudiera dejar el alma
Y partir con mi maleta en donde guardo el vacío
 

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terça-feira, maio 17, 2011 - 05:45

Poesia :

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miguel angel pulido jaramillo

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