Soneto a Quíron

O tempo é o maior de todos os deuses
E a mais cruel entre todas as coisas.
Teu íntimo tempo é o teu vivo arcaboiço;
Casa onde mora teu músculo esquerdo.

Que crava em teu prazo cada momento
Vivido, esquecido ou mesmo mantido.
Enganar ao tempo é trabalho inútil –
Pesar profundo esse, em instante eterno...

Ruir em frente ao espelho – e devorado
Por Crono a cada segundo passado!
Metamorfosear homem – cavalo!

Conjuga-te verbo no infinitivo
Renascer-te imortal monstro – potrilho –
Sê do teu tempo o mais precioso filho!

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Monday, September 12, 2011 - 21:23

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Cortilio

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