Réstia
A pequena réstia de luz
aos poucos vai desnudando
o pesado escuro
dos dias sem
palavras.
Lá dentro alguém
declama um Poema;
e eu sei das Mandalas
mesmo sem procurá-las.
Cá fora sinto minha
alma rebrotar.
Talvez com um
pouco de adubo,
ela saia do tubo
que, indevido, abrigou-a.
Talvez com o tempo
e mais um e outro
elemento
ela refloresça e frutique,
pois ainda há
quem me peça que fique
e que o amor multiplique.
Talvez alguma paz
chova em seu canteiro,
e o que restava da mágoa,
embarque no trem derradeiro.
Talvez,
eu volte
a ser inteiro.
Para Cristina, esposa amada e eterna companheira.
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Sunday, October 9, 2011 - 10:29
Poesia :
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