CHUVA FINA NÃO-BOA

                 

Ai, que triste chuva fina,
sem o vento que a vida, empina,
vem dos frios ares do sul,
ao sudeste de nossa esquina,
cai, em vão, de’um céu não-azul,
em quem se vai,
assim tão menina.

Ai, chuva fina. É garoa,
que descansa no ar, bem à-toa,
como véu de gotículas, que voa
na manhã que seria verão.
Que chuva fina não-boa,
celebriza o frio a São Paulo,
e tira o sol da Gamboa.

Nota do autor.
“Um dia, nos reencontraremos, meu doce Anjo Lilás.”

 

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Sunday, November 13, 2011 - 03:44

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RobertoEstevesdaFonseca

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