PELAS FREGUESIAS

Pelas freguesias

Fui à Catraia do Buraco,

Que já não tinha o cabaço

Para dar uma Bendada

E a Picha ficou entalada.

Depois Enchacana,

E derramei na Enchemamas,

Pu-la ao Colo do Pito,

E ela deu um grito.

Teso ainda fui à Fonte da Rata,

Que Geme como uma gata,

E no Regato da Coitada,

Fiz uma Esfrega danada.

Conheci a Vacalouras,

E outras casadouras,

Para dar mais uns Vergaços,

Em vão foram os passos.

Na Grota da Chouriça,

Eu sei que fiz justiça,

Mas no Rego do Azar,

Tive que me pôr a andar.

Ainda pouco satisfeito,

E com uma dor no peito,

Estive em Vergas de Vagos,

Para me lavar nos lagos.

Tira a Calça em Castelo Branco,

Mas qual é o meu espanto,

Encontrei o Paneleiro de Baixo,

De um burro cabisbaixo.

Lá no Rego do Travesso,

Eu nunca mais esqueço,

Caí no Fundo de um poço,

Que ainda me dói o pescoço

Em Vila Nova do Coito,

Não me senti muito afoito,

Já estava muito cansado

 Venda da Gaita, fiquei aliviado.

Nestas minhas viagens,

Nunca encontrei virgens,

Das freguesias fiz um tema,

Que deu para fazer este poema

Tavira, 8 de Setembro de 2011-Estêvão