NÃO QUERO O SILÊNCIO
NÃO AO SILÊNCIO
Tenho um silêncio violento
Que me fere o pensamento
Voa sempre à minha volta
Como uma fera que se solta
Vocifera aos meus ouvidos
Como os mais fortes ruídos
Mais silêncio não quero ter
Tenho tempo quando morrer
Silêncio que estou a pensar
Como deste silêncio me livrar
Não ouço nada por aqui
Mas tenho um ruído dentro de mim
Este silêncio que me agride
E sempre comigo ele vive
Não me dá concentração
Faz – me doer o meu coração
Silêncio que alguém vai nascer
Não sei o que lhe vai acontecer
Ouvir a voz da sua mãe
Vai ser o melhor que ele tem.
Este silêncio já é velho
Tão velho como o espelho
Foi – me oferecido ao nascer
E vai comigo ao morrer
Com o meu silêncio eu vivo
Sem ele já não consigo
Dentro de mim eu gritar
Para ouvir os outros falar
Vou libertar a solidão
Deixar viver o meu coração
Matei o silêncio agora
Despeço – me e vou - me embora
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Comments
poema
Concordo!
Há sempre um silêncio que precisamos para pensar, porque há momentos da nossa vida que precisamos de silêncio, principalmente o do travesseiro.
Um abraço
Estêvão
Julgo que existem vários
Julgo que existem vários tipos de silêncio
e que alguns deles são bastantes atrativos.
Neste ponto dou preferência aos silêncios
que significam paz ou contemplação ou criação
- como são aqueles que nos permitem criar arte,
solidariedade ou amor.
Os outros tipos de silêncio, tento mantê-los
à distância.
Saudações do Abil!o