há uma mágoa que guardo
nunca saberás
leva um selo sobre a minha assinatura
já quis atirá-la ao mar bravio – que leva mágoas em fúria
aquelas fininhas que descobrimos um dia sem saber como
antigas – não têm cura
lembro-me do tempo de juventude inflamada
lembro-me da tua mão amiga, da tua estima
afinal era um pequeno véu de espuma
que a lembrança cobria
e junto ao mar, indelével, se descobria
leva um selo branco a nossa amizade – nunca saberás
não há vida que nos leve para lá do carinho, da gratidão
não agarrei o tempo para te agradecer, não te soube dizer
é por isso que aqui estou neste invernoso verão
junto ao mar, a lembrar – me de ti
era esta a água fria, eram estas as ondas descontroladas
era este o mar que se divertia a banhar a juventude e a alegria
parece que me esqueci de ti – mas não
teresa almeida
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Comments
Olá Teresa!
Ausente faz muitos meses, por motivos de saúde...
permite-me registar o final de teu poema:
"parece que me esqueci de ti – mas não"
Apreciei a leitura e é de muito bom gosto a imagem.
Que te encontres bem.
Beijinhos
Jorge Humberto
Parece que me esqueci de ti,
Parece que me esqueci de ti, mas não!
Que bom encontrar-te de novo!
Desejo que estejas bem.
Forte abraço.
nos braços da saudade
nos braços da saudade conseguem fazer-se magestosas viagens
- e a vida nunca é aquilo que imaginámos.
Saudações!
_Abilio
É verdade Abílio, não
É verdade Abílio, não conseguimos programar a nossa vida. É uma viagem que, por vezes, nos reserva surpresas maravilhosas.
Obrigada pela visita.
Beijinhos.
Há uma mágoa que guardo
Olá Teresa. Gostei muito deste poema. Um amor na adolescência que ficou mal resolvido? Talvez...
Um desabafo, uma mágoa, saudade relativamente a alguém que ainda não esqueceu...
Beijinhos, Júlia
Há pessoas que, realmente,
Há pessoas que, realmente, nunca esquecemos - foram (de algum modo) importantes para nós.
A vida é um puzzle e algumas peças demoram a encaixar. :)
Obrigada, Júlia. Souberam-me bem as tuas palavras.
Beijinhos.