O TEMPO DOS MEDOS
O TEMPO DOS MEDOS
Andam à solta os guerreiros sanguinários.
São figuras que pensam e agem de modos vários.
Todos somos seus alvos e não erram a pontaria,
Que os deixa contentes quando caímos na pradaria.
Gritam as vítimas no seu último suspiro : -
Viva a liberdade da minha alma que se solta deste tiro,
Sai leve como o vento e por mim ela vai viver,
Para além deste corpo que agora acaba de morrer.
Andam à solta os guerreiros do nosso tempo,
Espalham o medo disparando por todo o lado
Mas, o tempo não receia nem se dá por acabado.
Invencíveis, eles se julgam com uma arma na mão
Porque, o tempo passa e não lhes concede perdão.
Atira – os para o fundo do passado, sem armas e sem medo,
E os guerreiros ficam presos no seu próprio degredo.
Á solta os malditos guerreiros, felizmente já não andam,
Nesta manhã serena e fria onde eles já não mandam.
A liberdade dos deitados mesmo agora já acordou,
E o tempo dos seus medos mesmo agora já acabou.
2006-Estêvão
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