Engodo
Num morremorrer cheio de ilusão
João compra a paz, vil tesouro
Dá o pão e o ás àquele cabrão
Alquimista que da morte faz ouro
Com a ânsia nos nervos camuflada
Vê-se com o garrote na veia
Então a ponta rompe, deslumbrada
Uma vida mais que então esperneia
E é naquela artéria já sem movimento
Sentença de uma sociedade empodrecida
O jovem rapaz vê um clarão, sente o vento
E eu daqui já sinto o cheiro a gente sem vida
Enterra-se um que nasceu defunto
E mais ninguém liga ao assunto.
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Saturday, August 11, 2012 - 21:09
Poesia :
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