RECORDANDO
RECORDANDO
Lembras – te naquele dia, há muito tempo,
Sentados naquela praia ao vento,
Abraçando o Sol e o mar,
E ficámos à espera do luar.
Foi um belo momento a dois,
O amor chegou depois,
De um grande envolvimento,
Que nos despertou o sentimento.
Eu escutava a tua voz,
Enquanto estávamos a sós,
Dávamos beijos de amor,
E as nossas faces mostravam rubor.
Naquela praia ao luar,
Onde só nos apetecia amar,
Contemplávamos a maré alta,
E de mais nada tínhamos falta.
Os teus olhos olhavam os meus,
Perante os olhos de Deus,
Mais um abraço nos unia,
Até chegar a maré vazia.
Depois veio o sol-posto,
Olhávamos com o mesmo gosto,
E a noite caia serenamente,
E assim ficámos eternamente.
Chegou a noite que nos tapava,
E o mar até nos mandava,
As suas ondas de fresca espuma,
E nos envolvia na sua bruma.
Agora apenas recordamos,
O grande amor que deixamos,
Naquela praia distante,
E tudo passou num instante.
O tempo não volta mais,
Agora sentados vemos os pardais,
No jardim da nossa idade,
Cheios da nossa saudade.
2007-Estêvão
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Comments
"No jardim da nossa
"No jardim da nossa idade,
Cheios da nossa saudade."
Colhendo os frutos de um amor semeado a beiramar...
poema
Pois é Adolfo, o tempo é infinito e as recordações vivem-se e depois morrem. Não há nada a fazer, são as ordens o tempo.
Um abraço
Estêvão