UMA FLOR CAÍDA DO CÉU
UMA FLOR CAÍDA DO CÉU
Caíram flores do céu,
Porque será que aconteceu?
Quem foi que as enviou?
Pode ter sido o amor certamente,
É o que me diz a minha mente,
Se ela a mim não me enganou.
Como eu gostaria de ter apanhado uma flor,
Caídas do céu cheias de amor.
Como eu gostaria de a ter na minha mão,
Para a exibir como um troféu,
Como se fosse um prémio que Deus me deu,
E trazê – la sempre no meu coração.
Amar um amor foi sempre o meu intento,
Para acabar com o meu lamento,
De não ter uma flor só para mim.
Pois já não quero mais estar só,
E que de mim ninguém tenha dó,
Não quero ir para o lugar de onde vim.
Como eu gostaria de ter um flor caída do céu,
Mesmo que fosse uma que alguém perdeu,
Queria salvá – la e tê – la junto do meu peito,
Pois tenho tanta falta da companhia de uma flor,
E abraçá n- la com todo o meu amor,
E que o seu perfume invadisse o meu leito.
O milagre aconteceu!
Já tenho uma flor caída do céu!
Agora já não estou inquieto,
A flor já está nos meus braços,
Agora dou – lhe o amor e abraços,
E recebo dela o amor, carinho e afecto.
Quando o amor desce ao meu coração,
Ponho no meu peito a minha mão,
Sinto o seu bater a acordar,
Pedindo – me para ter a liberdade,
De procurar a minha felicidade,
Com uma vontade intensa de amar.
Sigo o caminho que o amor me pede,
E com toda a força ele me segue,
Dando – me a alegria de viver,
Com uma vontade indómita de gritar,
E pedir ao vento para me levar,
Ao meu amor que quer ver.
Vou correndo e sinto – me a voar,
Para o meu grande amor encontrar,
De braços abertos ele por mim espera,
Para me poder abraçar,
Mesmo junto às ondas do mar,
Até parece que desespera.
Até o céu de nuvens se despiu,
O Sol depressa nos cobriu,
Com a sua luz brilhante e divina,
Como um manto grande e eterno,
Num dia frio de Inverno,
Mas como uma linda cara de menina.
Foi um encontro fulgurante,
O amor a mim uniu – se num instante,
Os nossos olhos muito brilharam,
Peito no peito, boca na boca,
Numa união quase louca,
Os nossos corações assim amaram.
2007-Estêvão
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