O apocalipse
Ao olhar para frente meus olhos se pousaram num...
E minha essência estremeceu, e vi o infinito se perdendo
Em sua própria impossibilidade.
Um medo atávico atacou meus ossos miúdos,
E senti o peso do tempo, e os efeitos das auroras.
Gritei de desespero, e as trombetas responderam dos céus cinzentos...
Os selos dos veredictos foram abertos, e as labaredas do ciclópico
Abismo lamberam os mares.
Minhas retinas se tornaram espelhos, e refletiram o horror das existências.
Caí por terra, e abracei a mim mesmo, desprendendo-me da
Existência orgânica...
E todo o tempo se foi, e toda a vida virou o que não era...
— Era uma vez...
Do livro "O Portal".
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Tuesday, June 2, 2009 - 14:52
Poesia :
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Comments
Re: O apocalipse
Bom poema, gostei de ler! :-)
Re: O apocalipse
lINDO SEU POEMA!!!PARABÉNS!
Re: O apocalipse
Muito bom
Sublinho
"Os selos dos veredictos foram abertos, e as labaredas do ciclópico
Abismo lamberam os mares.
Caí por terra, e abracei a mim mesmo, desprendendo-me da
Existência orgânica...
E todo o tempo se foi, e toda a vida virou o que não era..."
Adorei
Abraço
Re: O apocalipse/ para jopeman
Caro amigo,
Obrigado pelo gentil comentário, fico feliz que tenha gostado. Em breve o livro "O Portal", de minha autoria, será lançado em Portugal... alguns dos poemas que ando publicando fazem parte desse livro, e é bom saber que os meus escritos têm a capacidade de agradar aqueles que neles pousam os olhos.
Forte abraço
Anderson