Ida
Há uma tristeza tão grande
nas estantes vazias,
como se partidas,
as ideias tivessem
sumido no Mundo
que resta apenas
a desolação
em mogno preto.
O cheiro de abandono
percorre os corredores
como um fantasma
descrente da própria morte.
E ainda que todos
os adjetivos, verbos e advérbios
tenham impregnado as paredes,
sabe-se que a poesia acabou.
A enseada de Botafogo
que um Naif em vão tenta recriar
perde a cor aos poucos;
a face, cada vez mais pálida,
aos poucos perde a cor.
E tudo, agora,
é só a branca ausência.
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Sunday, February 3, 2013 - 14:18
Poesia :
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Ida
Às vezes acontece. A poesia some durante algum tempo,depois reaparece com mais força.
Abraços
O ENTREGADOR DE SONHOS - http://deborabenvenuti.blogspot.com.br