PERGUNTAS SOBRE A RAZÃO
Perguntas sobre a razão
Minha mãe!
Meu Pai!
Porque é que têm tantas rugas no vosso rosto?
Dessas rugas todas eu não gosto.
Filho, a tua pergunta tem toda a razão de ser,
Pois estas rugas que temos, é do tempo, podes crer.
Meu pai!
Minha mãe!
Então que mal é que fizeram ao tempo, para vos marcar assim?
Filho, quem nasce vai envelhecendo até chegar ao seu fim.
Eu não quero que o vosso fim aconteça,
Não quero que o tempo vos despeça.
Filho, nada podemos fazer, o tempo é quem manda,
Na nossa vida toda é ele que nos comanda,
Quer queiramos quer não, temos de obedecer,
É a sua lei, pois quem nasce tem de morrer.
Minha mãe!
Meu pai!
Qual o porquê desses brancos cabelos?
Parecem de neve, mas gostos de vê – los,
Filho, a tua pergunta tem a nossa primeira resposta,
Pois foi o tempo que nos deu, a sua lei nos é imposta.
Filho, um dia vais tu saber, o que é envelhecer,
Também terás rugas e cabelos brancos a crescer,
Porque o tempo lentamente nos vai afastando,
Da vida que nós vamos vivendo e pagando.
Minha mãe!
Meu pai!
Mas porque é que tem que ser assim, porquê?
Eu não compreendo porque é que o tempo assim nos fez?
Filho, olha, são as leis da nossa mãe Natureza,
Temos de cumpri – las, assim ela quer que seja.
Filho, um dia tu vais ter a tua própria família,
E pelos teus filhos tu vais estar de vigília,
E eles te farão as mesmas perguntas que nos fazes a nós,
E as respostas serão as mesmas, pela tua própria voz.
Minha mãe!
Meu pai!
Então quer dizer que eu também seguirei o vosso caminho?
E tenho de dar à minha família também amor e carinho?
Filho, se queres ser bom pai, assim terás de proceder,
Se queres ver os teus filhos alegres a crescer.
Tavira, 23 de Setembro de 2010 – Estêvão
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 1324 reads
other contents of José Custódio Estêvão
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Comedy | PESQUEI UMA BOTA | 0 | 1.797 | 05/28/2012 - 09:53 | Portuguese | |
Poesia/General | RELÓGIO DA TORRE | 0 | 1.244 | 05/28/2012 - 09:49 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | FANTASIA | 0 | 1.268 | 05/26/2012 - 23:28 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | FOGO | 0 | 1.182 | 05/26/2012 - 23:23 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | QUANDO TINHA A TUA IDADE | 0 | 1.794 | 05/26/2012 - 23:16 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O VELHINHO | 0 | 1.282 | 05/26/2012 - 10:14 | Portuguese | |
Poesia/Love | POR AMOR | 0 | 575 | 05/26/2012 - 10:12 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | ÁRVORE DE PEDRA | 0 | 1.773 | 05/26/2012 - 10:10 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | A MINHA CAMA | 2 | 2.028 | 05/25/2012 - 18:45 | Portuguese | |
Poesia/General | SONETO À CRISE | 2 | 2.399 | 05/25/2012 - 18:43 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | GALINHEIRO | 2 | 2.395 | 05/25/2012 - 18:41 | Portuguese | |
Poesia/General | UM PEIXE | 2 | 1.806 | 05/24/2012 - 15:21 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | ABUTRES | 2 | 1.598 | 05/24/2012 - 15:17 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | ENTRE A VERDADE E A MENTIIRA | 2 | 2.790 | 05/24/2012 - 15:00 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | NAQUELE TEMPO | 2 | 2.265 | 05/24/2012 - 08:53 | Portuguese | |
Poesia/Love | ROSAL | 1 | 1.438 | 05/24/2012 - 02:53 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | VENTO | 1 | 580 | 05/24/2012 - 02:52 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | AMBIÇÃO DEMASIADA | 1 | 2.322 | 05/24/2012 - 02:51 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | A FORÇA DA VIDA | 3 | 6.255 | 05/24/2012 - 02:11 | Portuguese | |
Poesia/Love | PAI E MAE | 1 | 2.078 | 05/24/2012 - 02:03 | Portuguese | |
Poesia/Thoughts | NADA É INSIGNIFICANTE | 4 | 3.620 | 05/22/2012 - 08:41 | Portuguese | |
Poesia/Love | DESCENDÊNCIA | 2 | 2.848 | 05/22/2012 - 08:36 | Portuguese | |
Poesia/Love | SEMENTES | 2 | 2.126 | 05/22/2012 - 08:32 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O TEMPO QUE É TEU | 3 | 2.261 | 05/21/2012 - 08:52 | Portuguese | |
Poesia/General | A TERRA QUE EU PISO | 1 | 1.056 | 05/21/2012 - 03:15 | Portuguese |
Add comment