Sentir
O tempo passava em desafogos de alma,
Quais perícias o corpo arranjara
De se fazer valer no espírito
Em mil estados de mente,
Em posições suspeitas de delírios.
Se dava para pensar,
Na fugacidade da respiração
Exaltada,
Não fazia sentido.
Nada faz sentido quando se racionaliza
O crescer das plantas agrestes,
O arrepiar da pele
No correr da brisa.
No que toca ao desejar, bem sabemos,
Que ter não é imaginar, decerto.
Porém sem imaginar não queremos,
E não tendo,
Só de imaginar
Morremos.
Sentir é privilégio humano,
E os Homens não querem admitir
Que são Homens.
Sentir é um ésse curvo,
é sexo, é sabor,
é sensualidade,
é sedução,
é jogo turvo,
é corpo sujo.
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Tuesday, March 5, 2013 - 08:35
Poesia :
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