Tempestade
A violência da tempestade
revela os sujos pecados da cidade.
As "bocas de lobo" regurgitam
os crimes não digeridos
e as fomes não saciadas.
Escroto, esgoto, arroto
transbordam os rancores
e a enxurrada arrasta
as crenças derradeiras.
Os rugidos da besta-fera do Céu
condenam os pecadores
e as blasfêmias que lhes são devolvidas
são caladas pelo vento
que corta como navalha.
o Silêncio canalha.
Estão úmidos os olhos do Mundo.
Choram os erros e temem os castigos
que a chuva anuncia.
São as águas de Jobim.
As águas do fim.
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Wednesday, March 13, 2013 - 14:17
Poesia :
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